Asteliaceae | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Géneros | |||||||||||||
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Asteliaceae é uma família de plantas com flor pertencente à ordem das Asparagales das monocotiledóneas,[1] que agrupa 3-4 géneros com cerca de 37 espécies de plantas herbáceas perenes, todas nativas do Hemisfério Sul.
As asteliáceas são uma família de plantas monocotiledóneas presentes no Hemisfério Sul. São mais ou menos rizomatosas, de folhas espiraladas, com flores agrupadas em inflorescências que podem ser do tipo rácemo ou do tipo espiga. As brácteas das inflorescências são grandes, as flores pequenas, com tépalas fundidas basalmente, o androceu adnato ao perianto, as anteras basifixas.
O sistema APG IV, de 2016, reconhece esta família e coloca-a na ordem Asparagales, situação que se mantém sem alterações desde o sistema APG II, de 2003.[2][3] Esta família possui 3-4 géneros com cerca de 37 espécies,[4] nativas do Hemisfério Sul.
Na presente circunscrição das Asparagales, é possível estabelecer uma árvore filogenética que, incluindo os grupos que embora reduzidos à categoria de subfamília foram até recentemente amplamente tratados como famílias, assinale a posição filogenética das Asteliaceae:[5][6]
Asparagales |
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A posição filogenética e a circunscrição taxonómica das Asteleiaceae têm variado consideravelmente, pois nos sistemas tradicionais de base morfológica a família apareceia alargada, incluindo géneros como Cordyline (hoje nas Laxmanniaceae). Na sua presente circunscrição, e como se pode observar no cladograma acima, a família é o grupo irmão da família Hypoxidaceae sensu stricto, isto é de uma família Hipoxidaceae cuja circunscrição deixa de fora, para além das Asteliaceae, as Blandfordiaceae e as Lanariaceae.
Estas últimas duas famílias, em conjunto com a família Asteliaceae, e provavelmente também Boryaceae, formam um clado, as Hypoxidaceae sensu lato (grupo irmão das Boryaceae), as quais, com excepção do posicionamento de Boryaceae, tem um bom apoio como clado nas análises moleculares. Uma sinapomorfia potencial para estas famílias é a estrutura do óvulo, que pelo menos em Asteliaceae, Blandfordiaceae, Lanariaceae e Hypoxidaceae apresenta uma constrição chalazal e uma coifa nucelar ("nucellar cap"). Uma sinapomorfia potencial para estas famílias é a estrutura do óvulo: pelo menos Asteliaceae, Blandfordiaceae, Lanariaceae e Hypoxidaceae apresentam uma constrição chalazal e uma coifa nucelar ("nucellar cap"). Deixando de fora o clado das Boryaceae, alguns autores sugerem que estas famílias se deveriam fundir numa família Hypoxidaceae sensu lato.[7]
Dentro deste clado, Asteliaceae + Hypoxidaceae + Lanariaceae formam por sua vez um clado com apoio de 100 % de bootstrap. A morfologia também fornece algum apoio para estas relações: Asteliaceae e Hypoxidaceae formam rosetas recobertas por pelos multicelulares ramificados (também Lanariaceae apresenta tricomas multicelulares), e apresentam canais radiculares preenchidos por mucilagem (este último carácter também está presente nas Lanariaceae), mas Blandfordia (único género de Blandfordiaceae) não compartilha estes caracteres. Para além disso, este clado apresenta estomas paracíticos, a lâmina da folha apresenta uma nervura principal distintiva, para além do gineceu mais ou menos ínfero, e um micrópilo bi-estomal. O grupo [Asteliaceae + Hypoxidaceae] apresenta flavonóis, endosperma de paredes delgadas, cotilédone não fotossintético, e a lígula larga.
De acordo com o World Checklist of Selected Plant Families (Setembro de 2014), a família contém cerca de 37 espécies repartidas pelos seguintes géneros:[8][9]
O APWebsite indica apenas estes 4 géneros como parte desta família, embora alguns taxonomistas incluam aqui o género Cordyline, taxon que o APWebsite integra nas Laxmanniaceae.