Estrela | |
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Razão social | Manufatura de Brinquedos Estrela S.A. |
Slogan | A marca da diversão |
Fundação | 27 de junho de 1937 (87 anos) |
Fundador(es) | Siegfried Adler |
Sede | São Paulo, Brasil |
Presidente | Carlos Antonio Tilkian |
Website oficial | www |
A Estrela (Manufatura de Brinquedos Estrela S.A.) é uma tradicional fábrica de brinquedos brasileira, fundada por Siegfried Adler. Seu logo é composto por uma estrela de quatro pontas (ou rosa-dos-ventos), envolta por um círculo maciço de cor vermelha, tendo grafado abaixo o nome da empresa.
A empresa foi fundada em 27 de junho de 1937[1] na Rua Marcos Arruda no distrito paulistano de Belém, e atualmente sua principal unidade fabril está localizada em Barão Ataliba Nogueira, no interior de São Paulo, além de outras duas unidades menores em Sergipe e Minas Gerais, disponibilizando mais de quatrocentos produtos em sua linha.[2]
Em 1944, a Estrela abriu seu capital para o mercado, tornando-se uma das primeiras empresas consideradas como sociedade anônima no Brasil. Na década de 1940, apresentou o cachorro Mimoso, primeiro brinquedo de madeira com movimento e som fabricado no Brasil, que fez grande sucesso na época. Logo depois vieram outras inovações como os jogos clássicos, Pega Varetas e Banco Imobiliário. As bonecas, que até o fim dos anos 40 eram feitas em uma massa inquebrável, passaram a ser de plástico.[3]
Nos anos 1960, a linha foi ampliada com outros lançamentos inovadores, como a primeira boneca mecânica, a Gui Gui, que "ria" quando a criança abria e fechava seus braços e a Beijoca, que "soltava beijinhos". A Estrela introduziu neste período outro conceito: o de fashion doll, com a Susi. Outra inovação importante da Estrela foi o lançamento dos brinquedos elétricos. Um dos mais marcantes foi o Autorama, uma marca registrada da Estrela, mas que em razão do enorme êxito veio a tornar-se um sinônimo de brinquedos de corrida de carros.
Em 1977,[4] a Estrela lançou os brinquedos de ação como o Falcon, primeiro boneco para meninos.[5] O grande sucesso desta linha foi Falcon Olhos de Águia, que movimentava os olhos através de um botão na sua nuca. Em seguida veio a onda dos carros radio-controlados, que teve o Stratus como primeiro modelo, lançado em 1979. Em 1980, mais um marco de pioneirismo: a chegada do Genius, conhecido na época como "o computador que fala", primeiro brinquedo do tipo no país.
A eletrônica também foi incorporada às bonecas, que passaram a ser mais interativas em modelos como a Amore, de 1986. Em 1989, a Estrela expandiu suas atividades e inaugurou uma fábrica em Manaus, destinando grande parte da produção de brinquedos de plástico.
Em 12 de outubro de 1987, foi lançado o jingle "Toda Criança Tem Uma Estrela, Dentro do Coração" para o Dia das Crianças; a letra começa:
A Estrela é nossa companheira,
Nossa brincadeira,
Nossa diversão...
O jingle teve um refrão que diz:
Todo o segredo de um brinquedo vive na nossa emoção
Toda criança tem uma Estrela, dentro do coração!
O jingle foi remasterizado para um comercial lançado em dezembro de 2017; a versão remasterizada excluiu a parte "Meu Querido Pônei, Sapeca e Bambina [...]". Em 2022, Carolina Gruhl regravou o jingle, novamente excluindo a parte "Meu Querido Pônei, Sapeca e Bambina [...]", usado instrumentalmente como música incidental da versão.
Na década de 1990, novas figuras de ação foram lançadas inspiradas pelo sucesso dos programas da TV, como o Comandos Em Ação, o Batman, o Super Homem e a linha completa de Star Wars. Nos anos 2000, inaugurou a sua terceira fábrica na cidade mineira de Três Pontas, gerando maior capacidade de produção para a marca.
13 de setembro de 1989 foi criada a Playtronic, através de uma joint-venture da Gradiente com a Estrela, para representar oficialmente a Nintendo no Brasil e lançou diversos consoles, cartuchos e acessórios.[6]
A Casa dos Sonhos da Estrela foi uma espécie de museu da fábrica localizado em São Paulo repleto de brinquedos que fazem e fizeram parte da infância das pessoas e onde o visitante foi recebido por um urso gigantesco com cinco metros de altura.
A Casa dos Sonhos foi desativada em julho de 2006.
Em 2008, a Hasbro processou a empresa por conta da decisão "sem pagar" dos royalties referente aos produtos que a Estrela vendia sob licença desde de 1970. O último contrato entre as empresas valia até 2007 e nunca foi renovado por conta da abertura de uma filial própria da Hasbro no país.[7]
Em 2019, em primeira instância, foi deferimento parcial ao pedido da Hasbro e em 2021, o Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a decisão e decidiu que a Estrela deveria destruir os brinquedos:[8][9][10][10] na decisão, foi definido que Detetive, Cara a Cara, Combate, Super Massa, Genius, Jogo da Vida, Jogo da Vida Moderna, Vida em Jogo e Viraletras são da Hasbro; e Comandos em Ação, Comandos em Ação Falcon, Dona Cabeça de Batata e Banco Imobiliário são da Estrela; uma nova decisão em 14 de fevereiro de 2022 determinou a destruição apenas de Super Massa.[11]