270 – "Extremis" | |||
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"Extremis" (PT/BR) | |||
Episódio de Doctor Who | |||
Mesmo cego, o Doutor tenta ler o Veritas com o óculos de sol sônico. | |||
Informação geral | |||
Escrito por | Steven Moffat | ||
Dirigido por | Daniel Nettheim | ||
Produzido por | Peter Bennett | ||
Produção executiva | Steven Moffat Brian Minchin | ||
Música | Murray Gold | ||
Temporada | 10.ª temporada | ||
Duração | 50 minutos | ||
Exibição original | 20 de maio de 2017 | ||
Elenco | |||
Convidados
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Cronologia | |||
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Lista de episódios de Doctor Who |
"Extremis" é o sexto episódio da décima temporada da série de ficção científica britânica Doctor Who, transmitido originalmente através da BBC One em 20 de maio de 2017. Foi escrito por Steven Moffat e dirigido por Daniel Nettheim.
Neste episódio, o Vaticano pede ao Doutor (Peter Capaldi) que investigue o Veritas, um livro cujo leitores se matam depois de lê-lo. Quando ele é traduzido e lançado on-line, o Doutor deve descobrir o segredo obscuro que o livro detém. Este é o primeiro de três episódios ligeiramente conectados chamados de "Trilogia dos Monges".[1]
O Doutor, ainda cego, usa seus óculos de sol sônicos para ter uma visão limitada e obter informações sobre as coisas que estão a sua volta. O Papa e membros do Vaticano pedem ajuda para lidar com um texto chamado Veritas, recentemente traduzido e que faz com que os leitores se suicidem. O Doutor vai com Bill Potts e Nardole até biblioteca secreta dentro do Vaticano. Eles descobrem que um padre leu o livro e enviou uma cópia por e-mail ao CERN. Ele então foge e se mata. O Doutor tenta ler o livro quando Bill e Nardole descobrem uma série de portais, aparentemente ligados ao CERN, o Pentágono e a Casa Branca, entre outros lugares. Enquanto isso, o Doutor é forçado a fugir com o laptop do sacerdote quando os monges, figuras esqueléticas com vestes vermelhas, aparecem e perseguem-no.
Bill e Nardole entram no portal do CERN, descobrindo que os cientistas estão preparados para se matar usando explosivos. O cientista principal os encoraja a ficar. Ele demonstra-lhes que cada vez que ele lhes pede para falar um número aleatório, eles, juntamente com os outros cientistas dizem o mesmo. Os dois fogem de volta para a área dos portais. Nardole então percebe que os portais são realmente projeções de computador, e quando ele tenta sair da projeção, ele desaparece. Bill então segue uma trilha de sangue através de um portal, encontrando o Doutor no Salão Oval.
O Doutor explica que o Veritas descreve um "demônio" que planeja invadir a Terra, criando simulações detalhadas dela em preparação. Como os computadores só podem gerar números pseudoaleatórios, os simulacros tentavam pensar números aleatórios, mas inevitavelmente falhavam, revelando-se como criações artificiais. Tendo aprendido esta "verdade", eles se matam para escapar da simulação. Bill se desintegra da mesma maneira que Nardole fez e um monge aparece. O Doutor, plenamente consciente de que é um simulacro, diz ao alienígena que a Terra estará pronta, já que está gravando tudo através de seus óculos sônicos e envia as informações para o seu eu real por e-mail.
Ao longo do episódio, flashbacks mostram que o Doutor foi convocado para realizar a execução de Missy. Ele no entanto decide salvá-la, e com a ajuda de Nardole, trancou-a em uma câmara quântica - o cofre que guardam atualmente - por mil anos. No presente, o Doutor recebe o e-mail dele, e através das portas do cofre, pede ajuda a Missy para lutar na invasão.
A presença de Nardole com o Doutor durante décima temporada é explicada como uma continuação de "The Husbands of River Song", com River Song pedindo para Nardole impedir que o Doutor faça ações extremas após sua morte.[1] Nardole é mostrado lendo o diário de River, visto pela primeira vez na história do Décimo Doutor "Silence in the Library"/"Forest of the Dead", onde ela morre.[1][2] Missy alude à "aposentadoria" do Doutor em Darillium com River ("The Husbands of River Song") e oferece suas condolências a respeito de sua morte.[2]
Nardole compara os mundos simulados aos holodecks de Star Trek[2] e aos dos jogos eletrônicos Grand Theft Auto e Super Mario.[1] Bill diz "Harry Potter" quando chega na biblioteca do Vaticano e o Doutor a repreende.[1][2] Ele mais tarde se refere desdenhosamente à longitude de Moby Dick, dizendo: "Sinceramente, cale a boca e vá atrás da baleia!"[1]
O cientista líder do CERN diz para Bill e Nardole: "Vamos todos juntos na hora certa" (We will all go together when we go), uma canção com tema apocalíptico de Tom Lehrer e a última faixa do LP An Evening Wasted with Tom Lehrer.[3]
As filmagens de "Extremis", bem como do episódio seguinte, "The Pyramid at the End of the World", ocorreram de 23 de novembro de 2016 a 17 de janeiro de 2017.[4]
Joseph Long, que interpreta o Papa neste episódio, já apareceu como Rocco Colasanto em "Turn Left".[5] Tim Bentinck já tinha desempenhado vários papéis em produções de áudio para Doctor Who.[6][7][8]
"Extremis" foi transmitido originalmente na noite de 20 de maio de 2017 na BBC One e foi assistido por 4,16 milhões de espectadores durante a noite e teve um Índice de Apreciação de 82.[9][10]
Críticas profissionais | |
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Avaliações da crítica | |
Fonte | Avaliação |
Rotten Tomatoes (Tomatometer) | 100%[11] |
Rotten Tomatoes (Pontuação geral) | 8,43[11] |
The A.V. Club | A[12] |
Entertainment Weekly | B+[13] |
SFX Magazine | [14] |
TV Fanatic | [15] |
IGN | 8,6[16] |
New York Magazine | [17] |
Radio Times | [18] |
Daily Mirror | [19] |
GamesRadar | [20] |
"Extremis" recebeu críticas positivas, com muitos elogiando o desempenho de Peter Capaldi e o script de Steven Moffat, chamando a história do episódio de "única" e "ambiciosa", embora alguns comentassem o roteiro complicado.[12][18][21] "Extremis" currently holds a score of 100% on Rotten Tomatoes.[11]
Scott Collura da IGN deu ao episódio a nota 8,6, dizendo: "O momento parece perfeito para finalmente responder a algumas perguntas sobre o cofre, enquanto também embarca em um arco maior, e o retorno de Michelle Gomez como Missy é muito oportuno também".[16] A nota de Alasdair Wilkins escrevendo para o The A.V. Club foi "A". Ele elogiou a criatividade e o aspecto experimental da escrita que mostravam "Steven Moffat no seu melhor". O revisor comparou a qualidade da história com outras suas como "Listen" e "Heaven Sent", afirmando que "o resultado é diferente de qualquer outra coisa que você provavelmente encontrará na televisão e certamente diferente de qualquer outra coisa que Doctor Who tenha feito antes".[12]
Patrick Mulkern da Radio Times deu 5 de 5 estrelas para o episódio. As cenas com Missy foram elogiadas como "um presente para Michelle Gomez, uma ladra de cena" e a dinâmica entre o Doutor e Missy também foi destacada. Os monges foram creditados como sendo "sangrentos medonhos" e também sendo comparados às criações precedentes de Moffat tais como o silêncio e sua invasão silenciosa do mundo. Por fim, eles classificaram o episódio como "de tirar o fôlego".[18]
Zoe Delahunty-Light da SFX Magazine deu uma pontuação perfeita de 5 estrelas para o episódio, afirmando que "Doctor Who não fica melhor do que isso". Ela elogiou como o episódio tocou temas complicados de uma maneira sofisticada, comentando como mesmo a ideia de um mundo simulado já tendo sido feita antes, Doctor Who foi mais longe. Ela também elogiou o retrato de Michelle Gomez como Missy, e como o personagem "é uma regeneração muito mais complicada do Mestre do que imaginamos".[14]
Em contraste com os comentários positivos, Daniel Jackson do Daily Mirror criticou o número de reviravoltas desnecessárias no episódio e afirmou que o "reiniciação" da simulação minou os eventos do episódio, e rotulou a revelação do conteúdo do cofre como "desagradável", afirmando que "Extremis" foi "dois episódios diferentes que apenas preparavam para eventos posteriores". Apesar disso, Jackson elogiou o tema da cegueira do Doutor e como isso mexeu no episódio, e como as cenas no CERN mudaram sem esforço entre a concepção cômica e horripilante, com certas partes do episódio sendo "arrepiantes".[19]