Greenwich Village | |
---|---|
Cartaz de divulgação do filme. | |
No Brasil | Serenata Boêmia |
![]() 1944 • cor • 83 min | |
Género | comédia musical |
Direção | Walter Lang |
Produção | William LeBaron |
Roteiro | Earl Baldwin Frederick Hazlitt Brennan |
Elenco | Carmen Miranda Don Ameche William Bendix Vivian Blaine |
Cinematografia | Harry Jackson Leon Shamroy |
Lançamento | 27 de setembro de 1944 |
Idioma | inglês |
Receita | US$ 1 850 000[1] |
Greenwich Village (bra: Serenata Boêmia[2]) é um filme estadunidense de 1944, produzido pela 20th Century Fox e dirigido por Walter Lang. Nos papéis principais, estão Carmen Miranda e Don Ameche.[3]
Em 1922, durante a Lei Seca, o compositor iniciante Kenneth Harvey (Don Ameche) muda-se para o bairro de Greenwich Village, em Nova York, onde pretende fazer com que um compositor famoso se interesse por sua obra. Num bar, ele encontra Danny OïHare, que pretende fazer, da sua namorada Bonnie Watson, uma estrela de um musical. Outra atriz do bar, Princess Querida O'Toole (Carmen Miranda), acha que Kenneth é um homem rico quando ele puxa, do bolso, todo o dinheiro que trouxe. Kenneth e Bonnie iniciam um romance, para desespero de Danny. Um maestro famoso se interessa pela obra de Kenneth, pretendendo estreá-la no Carnegie Hall. Kenneth trabalha duramente na peça que seria para o show no bar de Danny, mesmo que Bonnie tenha escrito já a letra. Uma confusão se estabelece quando um dos músicos rouba o pagamento da orquestra. Além disso, Kenneth é preso ao transportar bebida fornecida por Princess Querida. Mas os ensaios continuam e Danny paga a fiança de Kenneth no dia da estreia do musical, com Bonnie e Querida apresentando-se. As confusões se esclarecem e Bonnie e Kenneth abraçam-se ao final do filme.
Os arquivos do estúdio Fox indicam que Robert Ellis, Helen Logan e Valentine Davies trabalharam em versões iniciais do roteiro para este filme. O The Hollywood Reporter noticiou que Alice Faye e Phil Regan haviam sido originalmente escalados para estrelar o filme, mas Faye teve que abandonar o projeto pois engravidou. Outros atores anunciados foram Ronald Graham, Jack Oakie (que interpretaria "Danny O'Mara" de acordo com os registros do estúdio), Phil Baker e Perry Como (que faria sua estreia no cinema). Lillian Porter também havia sido anunciada no elenco, mas sua participação não foi confirmada.[4] Embora os créditos no início do filme informem Vivian Blaine "em seu primeiro papel de destaque", ela já havia aparecido em várias produções anteriores para a Twentieth Century-Fox, incluindo um papel de protagonista em Ladrão que rouba ladrão de 1943.[5]
Greenwich Village marcou a estreia no cinema do "The Revuers", um grupo de cabaré com Judy Holliday (que é anunciada como Judith Tuvim), Betty Comden, Adolph Green e Alvin Hammer. Os "The Revuers" tinham assinado contrato com a Twentieth Century-Fox para sua estreia no cinema, porém a sua sequência no filme foi cortada na edição final.[6] O grupo aparece apenas na cena da festa no apartamento de Bonnie Watson. Depois que o grupo se separou, Judy Holliday tornou-se uma conhecida comediante da Broadway e do cinema e ganhou um Oscar de melhor atriz por Nascida Ontem (1950).
Incialmente, o Código Hays rejeitou o roteiro devido às "excessivas cenas desnecessária de bebidas e embriaguez". Depois de colaborar por longa data com Ralph Rainger (que morreu em um acidente de avião em outubro de 1942), o letrista Leo Robin se uniu com Nacio Herb Brown para compor as músicas do filme. As canções incluídas foram: "I'm Down to My Last Dream," "You Make Me Mad", "Oh, Brother", "Never Before", "That Thing They Sing About", "I've Been Smiling in My Sleep" e "I Have to See You Privately". A interpretação de "Give Me a Band and a Bandana" por Carmen Miranda inclui trechos de "O Que É que a Baiana Tem?", de Dorival Caymmi e "Quando Eu Penso na Bahia", de Ary Barroso.[7]
O crítico de cinema do The New York Times, Bosley Crowther, escreveu que "O technicolor é o principal trunfo do filme, mas ainda assim vale a pena olhar para a presença de Carmen Miranda".[8] Peggy Simmonds escreveu para o The Miami News que "felizmente Greenwich Village é feito em technicolor e tem Carmen Miranda. Infelizmente para Carmen Miranda, a produção não lhe faz justiça, o efeito geral é decepcionante. Ela não tem a vantagem de ter boas falas como em seus últimos filmes, mas ainda assim brilha sempre que aparece".[9]