Peter Morgan | |
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Morgan em 2010. | |
Nascimento | 10 de abril de 1963 (61 anos) Londres, Reino Unido |
Ocupação | Roteirista Dramaturgo |
Atividade | 1988–presente |
Emmys | |
Melhor Série de Drama 2022 - The Crown Melhor Telefilme ou Minissérie 2004 - Henry VIII | |
Globos de Ouro | |
Melhor Roteiro 2006 - A Rainha | |
Prémios BAFTA | |
Melhor Minissérie 2015 - The Lost Honour of Christopher Jefferies Melhor Filme Britânico 2006 - O Último Rei da Escócia Melhor Roteiro 2006 - Longford Melhor Telefilme 2004 - The Deal |
Peter Julian Robin Morgan, CBE (Londres, 10 de abril de 1963) é um argumentista e dramaturgo britânico. Morgan é conhecido sobretudo por escrever dramas históricos, entre eles os filmes e peças The Queen, Frost/Nixon, The Damned United e Rush. Ele é o criador da série da Netflix, The Crown.
Em 2008, Morgan ficou na 28ª posição da lista das "100 pessoas mais poderosas da cultura Britânica" do jornal The Telegraph.[1] Em fevereiro de 2017, recebeu o British Film Institute Fellowship, um prémio que reconhece indivíduos que fizeram contribuições notáveis para o cinema e televisão britânicos.[2]
Foi nomeado duas vezes para os Óscares pelos seus argumentos dos filmes The Queen (2006) e Frost/Nixon (2008).[2] É ainda vencedor de um prémio BAFTA pelo seu argumento do filme The Last King of Scotland.[3]
Morgan nasceu em Wimbledon, Londres. A sua mãe, Inga (nascida Bojcek), era uma católica polaca que fugiu dos Soviéticos, e o seu pai, Arthur Morgenthau, era um judeu alemão que fugiu do Nazismo, chegando em Londres em 1933.[4][5] O seu pai morreu quando Morgan tinha nove anos de idade.[6] Morgan frequentou o internato Downside School em Somerset e concluiu uma licenciatura em Belas Artes na Universidade de Leeds.
Morgan foi casado com Anna Carolina Schwarzenberg, filha do político e nobre checo Karel Schwarzenberg, entre 1997 e 2014. O casal tem cinco filhos. Atualmente, o argumentista está numa relação com a atriz Gillian Anderson.[7]
Em 2016, Morgan recebeu a Ordem do Império Britânico (CBE) por serviços prestados à arte dramática.
Morgan escreveu guiões para a televisão durante a década de 1990, incluindo um episódio da série Rick Mayall Presents... e a comédia The Chest. Escreveu o guião da comédia romântica Martha, Meet Frank, Daniel and Laurence (1998) e teve algum sucesso com a série The Jury (2002). Em 2003, teve o seu primeiro trabalho de maior destaque com The Deal. Este telefilme é sobre o acordo de partilha de poder entre Tony Blair e Gordon Brown que foi estabelecido num restaurante Granita em Londres em 1994.
Em 2006, Morgan recebeu a sua primeira nomeação para os Óscares por The Queen, a sequela de The Deal. O filme mostra como a morte da Princesa Diana afetou Tony Blair e a Família Real. O seu trabalho no filme valeu-lhe ainda uma nomeação para os Globos de Ouro e a sua protagonista, Helen Mirren, venceu vários prémios, incluindo o Óscar de Melhor Atriz em 2007. Ainda em 2006, estreou o filme The Last King of Scotland cujo guião Morgan adaptou em conjunto com Jeremy Brock. Em 2007 os dois venceram o BAFTA de Melhor Argumento Adaptado pelo seu trabalho neste filme.
Em 2006 estreou ainda a primeira peça de Morgan: Frost/Nixon no teatro Donmar Warehouse em Londres. Michael Sheen e Frank Langella interpretaram os papéis principais de David Frost e Richard Nixon. A peça baseia-se numa série de entrevistas televisivas que comprometeram ainda mais a reputação do antigo Presidente dos Estados Unidos e que acabaram com a sua admissão de culpa no escândalo de Watergate. A peça foi encenada por Michael Grandage e recebeu críticas entusiastas. Em 2007, estreou um filme baseado na peça com Michael Sheen e Frank Langella a retomarem os seus papéis. Morgan recebeu a sua segunda nomeação para os Óscares pelo argumento do filme.
Em 2009, foi anunciado que Morgan seria um dos argumentistas do 23º filme da saga James Bond, Skyfall. No entanto, o argumentista desistiu do projeto quando Sam Mendes foi contratado como realizador.
Em 2010 estreou o terceiro filme da "Trilogia Blair" de Morgan: The Special Relationship. O filme foca-se na relação de Tony Blair (novamente interpretado por Michael Sheen) com o Presidente dos EUA, Bill Clinton entre 1997 e 2000. Morgan ia realizar o filme, mas desistiu um mês antes do início das filmagens, sendo substituído por Richard Loncraine. Morgan recebeu duas nomeações para os Emmy's pelo seu trabalho no telefilme. Em 2008, Morgan escreveu o guião do filme Tinker Tailor Solder Spy, uma adaptação do livro homónimo de John le Carré.
Ainda em 2010 estreou o filme Hereafter, um thriller sobrenatural "na veia de The Sixth Sense" com argumento de Peter Morgan. O filme foi realizado por Clint Eastwood e é protagonizado por Matt Damon. Foi recebido com críticas mistas. Nesse ano começou ainda a trabalhar no guião de um filme biográfico sobre Freddie Mercury, o vocalista da banda Queen.
Morgan foi o argumentista do filme biográfico Rush sobre a rivalidade entre os condutores de Fórmula 1, Niki Lauda e James Hunt. O filme, que estreou em 2013, foi realizado por Ron Howard e protagonizado por Daniel Brühl e Chris Hemsworth. Recebeu críticas bastante favoráveis. e foi nomeado para dois Globos de Ouro: Melhor Filme Dramático e Melhor Ator Secundário (Daniel Brühl).
Peter Morgan é o criador e argumentista da série da Netflix, The Crown, uma história biográfica sobre o reinado da rainha Isabel II. A primeira temporada da série estreou em 4 de novembro de 2016 e a segunda em 8 de dezembro de 2017. Segundo Ted Sarandos, o chefe de conteúdos da Netflix, Morgan prevê que a série dure seis temporadas que irão cobrir todas as décadas dos 60 anos de reinado de Isabel II.[8]