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Município | ||||
Playa Larga | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | salouenc, -ca; salouense | |||
Localização | ||||
Localização de Salou na Espanha | ||||
Localização de Salou na Catalunha | ||||
Coordenadas | 41° 04′ 27″ N, 1° 08′ 20″ L | |||
País | Espanha | |||
Comunidade autónoma | Catalunha | |||
Província | Tarragona | |||
Comarca | Tarragonès | |||
História | ||||
Fundação | século VI a.C. | |||
Elevação a município | 30 de outubro de 1989 | |||
Fundador | gregos da Fócida | |||
Alcaide | Pere Granados Carrillo (2019-2023, JxCat) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 15,1 km² | |||
População total (2021) [1] | 28 512 hab. | |||
Densidade | 1 888,2 hab./km² | |||
Altitude | 5 m | |||
Código postal | 43840 | |||
Código do INE | 43905 | |||
Website | www |
Salou é um município da Espanha na comarca de Tarragonès, província de Tarragona, comunidade autónoma da Catalunha. Tem 15,1 km² de área e em 2021 tinha 28 512 habitantes (densidade: 1 888,2 hab./km²).[1][nt 1]
A cidade encontra-se 10 km a sudoeste da capital provincial, Tarragona e é usualmente referida como a capital da região turística da Costa Dorada por ser o seu destino turístico mais concorrido. Foi fundada no século VI a.C. por gregos da Fócida e durante a Idade Média foi um importante porto comercial. No século XX converteu-se num destino turístico muito popular, um estatuto que mantém até hoje. Nas seus arredores situa-se o Port Aventura, um dos maiores parques temáticos de Espanha.
Segundo um hipótese com bastante aceitação, Salou foi fundado como Salanrio (cidade limpa) no século VI a.C. por gregos da região da Fócida. A primeira referência escrita à cidade encontra-se na obra do século IV d.C. Ode marítima, do escritor latino Avieno. Este livro, baseado num texto grego de 530−500 a.C., inclui uma descrição geográfica do litoral mediterrânico da Hispânia, desde Gibraltar a Marselha.
Durante o domínio romano, a cidade passa a chamar-se Salauris e é um dos portos mais importantes da Hispânia Citerior. Após a queda do Império Romano, inicia-se um progressivo despovoamento e abandono do território, que continua durante o período muçulmano. A cidade volta a florescer durante a Reconquista, tendo sido concedida a jurisdição do seu território ao bispo de Tarragona em 1211.
Dadas as excecionais condições do porto natural, Salou converte-se rapidamente num dos portos mais importantes do Reino de Aragão, uma situação que perdurará até ao século XIX. A pedido dos mercadores de Barcelona, Tarragona e Tortosa, a 6 de setembro de 1229 o rei Jaime I de Aragão concentra em Salou uma esquadra naval catalã-aragonesa que partiria para reconquistar Maiorca a Abu Yahya, o governador almóada da ilha e parar com os ataques de piratas sarracenos maiorquinos. Devido aos saques dos piratas que atemorizavam a população, em 1530, Pere de Cardona, arcebispo de Tarragona, manda construir a Torre Vella de Salou para defesa da cidade.
Em 1649, durante a sublevação da Catalunha que ficou conhecida como "Guerra dos Segadores", o general filipista Juan de Garay obriga os habitantes de Reus a destruir as fortificações de Salou a fim de evitar que fossem utilizadas pelos somaténs catalães (milícia armada que se reunia nas povoações ao toque de sinos) ou os seus aliados franceses.
Em 1673, o arcebispado outorga os direitos da cidade ao município de Vila-seca, iniciando um processo pelo qual esta vila irá adquirindo a possesão de Salou e do seu porto, situação que se prologou até há alguns anos. A importância comercial do porto de Salou manteve-se durante o século XVIII e princípios do século XIX. No ano de 1766 é bendita a igreja de Santa María del Mar. Em 1820 é edificada a Capitania e a "Nova Alfândega" (esta já desaparecida), na Rua de Barcelona. Em 1858 é inaugurado o farol situado no Cabo Salou.
O porto entrou em decadência a partir do início do século XIX e em meados desse século é proibido o seu funcionamento. A cidade inicia então um processo de conversão de um porto comercial para um centro turístico. Em 1863 são autorizadas as "casas de banho" na praia de Poniente e em 1865 entra em funcionamento a estação ferroviária. Em 1867 é inaugurado o Carrilet, uma linha de elétrico entre Reus e Salou (atualmente em desuso), que leva os primeiros veraneantes à vila.
Durante os anos 1920 começam a ser construídos os chalés modernistas do Paseo de Jaime I, nomeadamente o Bonet, Loperena, Marisol/Solimar, Llevat, Enriqueta, Miarnau e Banús, desenhados por Domènec Sugrañes i Gras, arquiteto e colaborador de Gaudí. A partir dos anos 1960, Salou experimenta um acentuado crescimento urbanístico provocado pelo turismo. Em 1965 é erigido o monumento a Jaime I de Aragão, da autoria do escultor catalão Lluis M. Saumells Panadés, o qual pode ser considerado um símbolo da Salou contemporânea.
Nos anos 1970, um movimento popular promove o processo de separação de Salou de Vila-seca, que culmina na sentença de 30 de outubro de 1989 do Tribunal Supremo que concede a autonomia administrativa a Salou. Em 1995, é inaugurado nos arredores da cidade o Port Aventura, um dos maiores parques temáticos de Espanha.
Salou tem quatro praias maiores e numerosas calas (praia pequena em catalão).
População de Salou (1992 – 2021) [nt 2] 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2009 2021 8 277 9 631 10 708 11 499 13 059 15 360 18 238 22 162 26 649 28 512 16,4% 11,2% 7,4% 13,6% 17,6% 18,7% 21,5% 20,2% 7%